quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Consumismo Infantil, um problema de todos


english version Ninguém nasce consumista. O consumismo é uma ideologia, um hábito mental forjado que se tornou umas das características culturais mais marcantes da sociedade atual. Não importa o gênero, a faixa etária, a nacionalidade, a crença ou o poder aquisitivo. Hoje, todos que são impactados pelas mídias de massa são estimulados a consumir de modo inconseqüente. As crianças, ainda em pleno desenvolvimento e, portanto, mais vulneráveis que os adultos, não ficam fora dessa lógica e infelizmente sofrem cada vez mais cedo com as graves conseqüências relacionadas aos excessos do consumismo: obesidade infantil, erotização precoce, consumo precoce de tabaco e álcool, estresse familiar, banalização da agressividade e violência, entre outras. Nesse sentido, o consumismo infantil é uma questão urgente, de extrema importância e interesse geral.

De pais e educadores a agentes do mercado global, todos voltam os olhares para a infância − os primeiros preocupados com o futuro das crianças, já os últimos fazem crer que estão preocupados apenas com a ganância de seus negócios. Para o mercado, antes de tudo, a criança é um consumidor em formação e uma poderosa influência nos processos de escolha de produtos ou serviços. As crianças brasileiras influenciam 80% das decisões de compra de uma família (TNS/InterScience, outubro de 2003). Carros, roupas, alimentos, eletrodomésticos, quase tudo dentro de casa tem por trás o palpite de uma criança, salvo decisões relacionadas a planos de seguro, combustível e produtos de limpeza. A publicidade na TV é a principal ferramenta do mercado para a persuasão do público infantil, que cada vez mais cedo é chamado a participar do universo adulto quando é diretamente exposto às complexidades das relações de consumo sem que esteja efetivamente pronto para isso.

As crianças são um alvo importante, não apenas porque escolhem o que seus pais compram e são tratadas como consumidores mirins, mas também porque impactadas desde muito jovens tendem a ser mais fiéis a marcas e ao próprio hábito consumista que lhes é praticamente imposto.

Nada, no meio publicitário, é deliberado sem um estudo detalhado. Em 2006, os investimentos publicitários destinados à categoria de produtos infantis foram de R$ 209.700.000,00 (IBOPE Monitor, 2005x2006, categorias infantis). No entanto, a publicidade não se dirige às crianças apenas para vender produtos infantis. Elas são assediadas pelo mercado como eficientes promotoras de vendas de produtos direcionados também aos adultos. Em março de 2007, o IBOPE Mídia divulgou os dados de investimento publicitário no Brasil. Segundo o levantamento, esse mercado movimentou cerca de R$ 39 bilhões em 2006. A televisão permanece a principal mídia utilizada pela publicidade. Ao cruzar essa informação com o fato da criança brasileira passar em média quatro horas 50 minutos e 11 segundos por dia assistindo à programação televisiva (Painel Nacional de Televisores, IBOPE 2007) é possível imaginar o impacto da publicidade na infância. No entanto, apesar de toda essa força, a publicidade veiculada na televisão é apenas um dos fatores que contribuem para o consumismo infantil. A TNS, instituto de pesquisa que atua em mais de 70 países, divulgou dados em setembro de 2007 que evidenciaram outros fatores que influenciam as crianças brasileiras nas práticas de consumo. Elas sentem-se mais atraídas por produtos e serviços que sejam associados a personagens famosos, brindes, jogos e embalagens chamativas. A opinião dos amigos também foi identificada como uma forte influência.

Não é por acaso que o consumismo está relacionado à idéia de devorar, destruir e extinguir. Se agora, tragédias naturais, como queimadas, furacões, inundações gigantescas, enchentes e períodos prolongados de seca, são muito mais comuns e freqüentes, foi porque a exploração irresponsável do meio ambiente prevaleceu ao longo de décadas.

Concentrar todos os esforços no consumo é contribuir, dia após dia, para o desequilíbrio global. O consumismo infantil, portanto, é um problema que não está ligado apenas à educação escolar e doméstica. Embora a questão seja tratada quase sempre como algo relacionado à esfera familiar, crianças que aprendem a consumir de forma inconseqüente e desenvolvem critérios e valores distorcidos são de fato um problema de ordem ética, econômica e social.

O Projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana, combate qualquer tipo de comunicação mercadológica dirigida às crianças por entender que os danos causados pela lógica insustentável do consumo irracional podem ser minorados e evitados, se efetivamente a infância for preservada em sua essência como o tempo indispensável e fundamental para a formação da cidadania. Indivíduos conscientes e responsáveis são a base de uma sociedade mais justa e fraterna, que tenha a qualidade de vida não apenas como um conceito a ser perseguido, mas uma prática a ser vivida.
www.alana.org.br

sábado, 18 de setembro de 2010

Porque o frango atravessou a rua, na visão de Silas, Valnice, Caio, RR Soares e outros


Este texto já é quase um clássico do humor cristão, e vale a pena ler. É de autor desconhecido.

VALNICE: "É por que os últimos atos proféticos influenciaram a galinha num novo "mover" então a galinha não tinha outra escolha senão atravessar". "Está indo na Conferência Profética com preletores internacionais?". "Para fazer um ato profético do outro lado enterrando 5 penas, um punhado de titica e 12 grãos de milho para a redenção das galinhas e frangos do Brasil".

DAVID QUINLAN: O frango atravessou a rua pq ele "está apaixonado, está apaixonado, está apaixonado, está apaixonado, está apaixonado, está apaixonado, por ti Jesus". E atravessou a rua "correndo, correndo, correndo, correndo, correndo, correndo, correndo, correndo, correndo, correndo, correndo, correndo, correndo, correndo, correndo, correndo pra ti".

MINISTÉRIO APASCENTAR DE NOVA IGUAÇU: O frango atravessou a rua para ser restituído de tudo o que era dele. “E também para tocar na ponta do altar..."

RR SOARES: O frango atravessou a rua para ir ao Banco Bradesco pagar seu carnê de sócio contribuinte do programa, por que se Deus tocou no coração do frango, ele não pode desprezar, pois estaria comentendo pecado e ficaria fora de benção... O frango atravessou a rua para ter experiência, pois "frango" ("pastor"), é igual jogador de futebol, os melhores nunca saem da escolinha.

RENÊ TERRA NOVA: “A Unção que ele recebeu é "unção do galo" por isto está cheio de coragem”. “Ele é um dos nobres! Torne-se um nobre, receba esta unção e atravesse mares, não somente estradas. Você pode ir mais longe! Diga pra quem estiver do seu lado: "receba a 'unção do galo!”. “Porque o mesmo em obediência a palavra profética foi receber a cobertura espiritual do apóstolo constituído do outro lado da rua”.

ANA PAULA VALADÃO: “Depois de uma travessia extravagante (voz de choro), ele (voz de choro mais miado...) se jogou (lágrimas, voz de choro, olhando pra baixo, mão no peito) nas asas do pai. (e o galinheiro, digo, platéia ovaciona, com trocadilho!)”.

APÓSTOLO MIGUEL ÂNGELO: “O frango tinha mesmo que atravessar a rua pois ele era um "predestinado", "eleito", e não tinha escolha ele tinha que atravessar”.

BISPO ROMUALDO PANCEIRO : (IURD): "Com certeza(sotaque carioca...)tem um encosto(sotaque carioca...)na vida dele, amém pessoal? É ou não é pessoal, amém pessoal? Qué vê?" Pergunta pro frango-encosto: -Encosto(sotaque carioca...), o que vc quer fazer com a vida do frango?-GRRRRRRRR!!!!!GRRRRRRR!!!!Destruir!!!Destruir!!!!!!-Por que, encosto?-GRRRRRRR!!!!GRRRRR!!!!!Prá ele parar de dar o dízimo!!!!!"Amém pessoal (sotaque carioca...)?? Vcs tão vendo pessoal??? O encosto não quer que o frango seja um próspero vencedor. Amém pessoal??"

CAIO FÁBIO: “Hipocrisia deste frango. É frango por fora e pena por dentro!”. “Este frango está se achando! Quem você pensa que é para atravessar a rua? Salomão? Se você quiser tirar isto a limpo, saiba: estarei em Manaus todos os meses. Venha tentar me dizer que não é assim. Espero você, se é que você tem coragem de enfrentar a verdade”.“Precisaria saber mais sobre sua infância e vida sexual”. “O frango é um ser livre. Não julguem apenas porque ele cruzou a estrada. O problema é que o "cristianismo" está falido e um frango não pode nem cruzar uma estrada sem que olhem pra ele com olhos farisáicos.” “Aquele que não tiver pecado atire a primeira pedra no frango.”

SILAS MALAFAIA: três verdades para um frango vencedor:
1 Tópico: Em todo frango existe uma águia adormecida (repita para o irmão do seu lado).
2 Tópico: Deus usa quem ele quer, até um frango (cita o texto do galo que cantou três vezes).
3 Tópico: o perfil psico-terápico de um frango determinado (a rua que o frango pode atravessar sozinho Deus não move uma palha, mas se o frango não conseguir Ele para até a Rio-SP).
4 "O frango andou muito junto com a mulher do pato, atravesou a estrada pois: se tornou um PSICOPATA!"
O meu camarada! toma vergonha na cara por que Deus criou o frango e a galinha, pavão é invenção da mídia dominada por efeminados.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

CNBB pede que fiéis não votem em Dilma




RIO - A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma carta na última segunda-feira na qual pede que os fiéis não votem na candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff.
Leia a carta na íntegra:
Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Com esta frase Jesus definiu bem a autonomia e o respeito, que deve haver entre a política (César) e a religião (Deus). Por isto a Igreja não se posiciona nem faz campanha a favor de nenhum partido ou candidato, mas faz parte da sua missão zelar para que o que é de "Deus" não seja manipulado ou usurpado por "César" e vice-versa.
Quando acontece essa usurpação ou manipulação é dever da Igreja intervir convidando a não votar em partido ou candidato que torne perigosa a liberdade religiosa e de consciência ou desrespeito à vida humana e aos valores da família, pois tudo isso é de Deus e não de César. Vice-versa extrapola da missão da Igreja querer dominar ou substituir-se ao estado, pois neste caso ela estaria usurpando o que é de César e não de Deus.
Na atual conjuntura política o Partido dos Trabalhadores (PT) através de seu IIIº e IVº Congressos Nacionais (2007 e 2010 respectivamente), ratificando o 3º Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH3) através da punição dos deputados Luiz Bassuma e Henrique Afonso, por serem defensores da vida, se posicionou pública e abertamente a favor da legalização do aborto, contra os valores da família e contra a liberdade de consciência.
Na condição de Bispo Diocesano, como responsável pela defesa da fé, da moral e dos princípios fundamentais da lei natural que - por serem naturais procedem do próprio Deus e por isso atingem a todos os homens -, denunciamos e condenamos como contrárias às leis de Deus todas as formas de atentado contra a vida, dom de Deus,como o suicídio, o homicídio assim como o aborto pelo qual, criminosa e covardemente, tira-se a vida de um ser humano, completamente incapaz de se defender. A liberação do aborto que vem sendo discutida e aprovada por alguns políticos não pode ser aceita por quem se diz cristão ou católico. Já afirmamos muitas vezes e agora repetimos: não temos partido político, mas não podemos deixar de condenar a legalização do aborto. (confira-se Ex. 20,13; Mt 5,21).
Isto posto, recomendamos a todos verdadeiros cristãos e verdadeiros católicos a que não dêem seu voto à Senhora Dilma Rousseff e demais candidatos que aprovam tais "liberações", independentemente do partido a que pertençam.
Dom Luiz Gonzaga Bergonzini"
Postado por Ministerio de Família às 07

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

COSTUREIROS DO VÉU

Claudio Ernani Ebert

“Naquele momento, o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo” (Mateus 27.51a).
Esse foi o momento exato em que Jesus Cristo, o Filho de Deus, após ter bradado em alta voz, entregou o seu espírito naquela rude cruz.
Se dimensionarmos adequadamente o acontecimento, concluiremos que esse foi o momento em que Jesus Cristo conquistou para todos nós o direito de entramos diretamente na presença de Deus, sem a intermediação de sacerdotes ou de líderes religiosos. Instituiu-se, pela graça infinita de Deus, o sacerdócio universal dos santos (1 Pedro 2.9), que permite a cada filho de Deus a livre administração da comunhão pessoal com o Pai.
Foi por esta verdade que muitos perderam suas vidas nas fogueiras da inquisição e foi esta a grande base da Reforma e da Pré Reforma Protestante pelas quais outros tantos deram seu sangue, quando menos, perderam todos os seus privilégios.
Cada cristão, individualmente e coletivamente, pode entrar na presença de Deus e gozar do privilégio de total intimidade na comunhão pessoal. O véu foi rasgado! Cada cristão tem a unção (Espírito Santo) permanente sobre sua vida e não tem necessidade que alguém fique intermediando sua relação de vida e direção espiritual de Deus (1 João 2.20, 27). O véu já foi rasgado!
Jesus ensinou a dinâmica maravilhosa da comunhão pessoal com Deus quando disse: “Mas quando você orar vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está em secreto. Então seu Pai, que vê em secreto, o recompensará” (Mateus 6.6). O véu foi rasgado! Cristo nos fala do grande presente, do imenso privilégio que cada um tem de buscar vida e direção particular diretamente da relação pessoal com o Pai celestial. O véu foi rasgado!
No entanto, o que observamos hoje? Empresários cristãos travestidos de líderes espirituais à frente de igrejas, conduzindo as vidas de pessoas que só sabem se relacionar com Deus pela intermediação de terceiros ou através de programas especialmente preparados para isto. Quanto mais a igreja cresce no mundo, mais cresce o número de pessoas que se assenhoreiam de pessoas, como se fossem os donos das vidas de terceiros. Alguns líderes têm prazer e até o desejo mórbido de ser consultados por tudo e a respeito de todos os detalhes nas vidas de seus liderados.
Cristo rompeu o véu do santuário de alto a baixo. O véu foi rasgado! Porém, algumas pessoas estão se dando ao trabalho de costurar o véu outra vez. Não é permitido, na visão delas, que alguém se aproxime de Deus e peça sua direção pessoal sem antes passar pela instância do poder imediato do líder de célula, do líder de núcleo ou do líder pastoral. O sacerdotalismo evangélico contemporâneo é muito mais inibidor e agressivo do que o sacerdotalismo judaico, pois este, em seus tempos áureos, era exercido por pessoas escolhidas por Deus para ministrarem no templo e pouco influíam na vida pessoal do leigo, a não ser nas cerimônias de convocação coletiva.
Estão costurando o véu outra vez! Em busca de proveito próprio, de posição, de primazia, de lucro pessoal, de amor pelo poder e de controle administrativo-espiritual estão impedindo que o povo de Deus viva o que foi conquistado na cruz e na ressurreição de Cristo.
Na televisão, um proeminente líder espiritual de um dos movimentos que mais cresce no Brasil, disse e repete com todas as letras, sem constrangimento e sem enrubrecer: “Você não tem fé? Não tem problema! Eu tenho fé. Você não precisa de fé. A minha fé basta. Deus vai operar por meio de minha fé, sem que você precise crer”. Em outras palavras, ele está dizendo que a relação pessoal com Deus não é necessária. Ele se diz o intermediário confiável, o sacerdote intercessor que fará toda a mediação sem necessidade de participação do interessado. O véu só foi rasgado para o intercessor poderoso, para o sumo sacerdote da nova ordem espiritual da teologia do centralismo de uma liderança cativante, porém dominadora.
Outro exemplo clássico desse fenômeno dos “Costureiros do Véu” se percebe em expressões do tipo: “Tudo que sai da boca de Deus é um decreto, pois emitido por uma autoridade, cuja palavra tem força de lei, seus decretos são acompanhados de seu cumpra-se”. Ou seja, se uma autoridade espiritual proferir alguma coisa que ela diz ser de Deus, é um decreto que tem força de lei e que se cumprirá.
São comuns frases do tipo: “A obediência aos Pastores é a nossa legalidade contra Satanás”. “Pastores”, escrito com inicial maiúscula mesmo. Meu Deus, o que é isso? Nossa legalidade contra Satanás foi conquistada por Jesus Cristo quando pisou na cabeça da antiga serpente morrendo na cruz e ressuscitando dos mortos ao terceiro dia.
Esse movimento dos “Costureiros do Véu” não é novo, talvez seja tão antigo quanto a própria Igreja. Ele já foi identificado por Jesus Cristo na Igreja de Éfeso e revelado na carta que o Senhor escreveu ao anjo daquela comunidade de cristãos. Lá, os “Costureiros do Véu” receberam o nome de nicolaítas. O texto diz: “Mas há uma coisa a seu favor: você odeia as práticas dos nicolaítas, como eu também as odeio” (Apocalipse 2.6). A palavra “nicolaítas”, numa das possíveis interpretações do vocábulo, vem de uma composição grega “nikao” que significa “conquistar, vencer, tirar vantagem dos outros, dominar os afetos de alguém, ser superior aos outros” e “laós”, que significa “povo”. Os nicolaítas seriam, então, líderes dominadores que conquistam pessoas dominando seus afetos, que seduzem por meio de seu carisma com o objetivo de tirar o máximo de vantagem do povo de Deus.
Irmãos preciosos, irmãs amadas, membros da Igreja de Deus, que é a Sua Plenitude (Efésios 1.23), fiquemos alertas contra esse mal travestido de espiritualidade que quer roubar o bem maior já oferecido à humanidade: — a presença viva do Deus vivo na vida diária de cada cristão, sem intermediários. Livre-se de sacerdotes e exerça o seu próprio sacerdócio.
Que Deus nos mantenha com saúde espiritual e emocional/psicológica para que permaneçamos acordados e vigilantes. E, se você está lendo isso agora e se sente temeroso de sair das garras dos Costureiros do Véu, por favor, acorde e sinta-se livre para viver aquilo que Deus conquistou para você na cruz do monte da caveira: comunhão pessoal, direta e profunda, diária, incircunstancial e em todos os lugares com o Deus Vivo e Verdadeiro, seu e meu Pai por meio de Jesus Cristo, Seu Filho, nosso Salvador e Senhor.
Talvez você seja um Costureiro do Véu, que entrou nessa filosofia sem mesmo perceber, aceitando o fluxo natural das coisas, influenciado, quem sabe, por livros de teologia triunfalista, por congressos e encontros com outros proeminentes Costureiros do Véu. Empolgado com as perspectivas do poder, seu coração pode ter-se deixado enganar e você pode ter sido engolfado pelas correntes do desejo de influência, do controle de pessoas e do destaque e proeminência no Reino de Deus. Acorde! Volte! Não é tarde para um genuíno arrependimento e quebrantamento. Lembre-se de como era bom e romântico o tempo em que você servia a Jesus apaixonadamente com base no primeiro amor. Siga o conselho do amado Senhor Jesus: “Lembre-se de onde caiu! Arrependa-se e pratique as obras que praticava no princípio. Se não se arrepender, virei a você e tirarei o seu candelabro do lugar dele” (Apocalipse 2.5).
É tempo de lembrar o que levou você a desviar-se do primeiro amor, qual foi o gatilho que o levou a deixar, talvez lentamente, mas gradativamente e voltar à prática das primeiras obras, da primeira teologia, da teologia do Cristocentrismo e do primeiro amor apaixonado por Jesus.
Que Deus nos ajude. Soli Deo Gloria.

domingo, 29 de agosto de 2010

O Segredo da Vida Boa

Por Rick Warren

Alguns anos atrás a Comunidade de Mission Viejo, na Califórnia, lançou uma campanha publicitária para atrair compradores para seus imóveis. A campanha usava frases como “Missão Viejo: a Califórnia Prometida”, e “Lugar para se viver a vida boa”. Penso que todas as culturas se referem a “vida boa” de uma maneira ou outra. Em italiano, é “la dolce vita” – literalmente, “a doce vida”. Não queremos todos nós a vida boa? Embora seja uma frase batida imagino quantos se deram ao trabalho de definir o que a “boa vida” realmente é ou o que deveria ser.

Boa aparência. Alguns confundem “vida boa” com “boa aparência”. Estão preocupados com o exterior como se fosse o que realmente interessa na vida. A cultura americana idolatra a beleza e valoriza o atraente. A propaganda tira proveito disso sabendo que a promessa de “boa aparência” leva homens e mulheres a gastar bilhões em produtos de beleza, clínicas de bronzeamento, cirurgias plásticas, lipoaspiração, a última moda em vestuário e coordenação de cores.

Sentir-se bem. Para outros “vida boa” significa “sentir-se bem”. Seu objetivo é minimizar o sofrimento e maximizar o prazer, usando quaisquer meios: banhos de imersão, parques de diversão, drogas, experiências de realidade virtual, viagens pelo mundo, filmes e apresentações musicais. O fornecimento de prazer e entretenimento tem crescido e se tornado uma das grandes áreas de atividade econômica em alguns países. Um lema dos anos 60, “se faz você se sentir bem, faça”, transformou-se em filosofia pessoal de muita gente.

Possuir bens. Existem outros que associam “vida boa” a “posse de bens”. Sua maior ambição é reunir todas as coisas boas, ou pelo menos, o maior número possível. Ganham o máximo de dinheiro que conseguem, para gastá-lo o mais rapidamente possível. Há os que acreditam que, qual mercadoria, “vida boa” é algo que pode ser comprado.

Nada disso satisfaz completamente! Não importa o que se faça, é impossível impedir o processo de envelhecimento. O prazer é um subproduto de vida boa e não o seu objetivo. As maiores coisas na vida, na verdade, não são coisas.

Sendo assim, o que realmente é a “vida boa”? Realização pessoal, alegria de ser bom e fazer o bem. É o resultado de descobrir e tornar-se exatamente o que Deus nos criou para ser. Nada além disso poderá preencher o vazio da alma. A Bíblia diz:“Porque somos feitura Sua, criados para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Efésios 2.10). Ao usar sua vida para ajudar outros – fazer o bem – conhecer e confiar em Deus, você se sente bem consigo mesmo. Isto é vida boa! Não permita que ninguém o engane levando-o a pensar que é outra coisa.

Jesus anunciou que veio para nos dar vida, tornar possível que experimentemos a vida abundantemente, plenamente (João 10.10). Ele também declara que temos essa vida abundante aqui e agora, na medida em que confiarmos a Deus cada detalhe dela (II Coríntios 3.17).


sexta-feira, 20 de agosto de 2010

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

CASAMENTO

Naquela noite, enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua mão e disse: "Tenho algo importante para te dizer". Ela se sentou e jantou sem dizer uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos.

De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei o assunto calmamente.

Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa: "Por quê?"

Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres longe e gritou "você não é homem!" Naquela noite, nós não conversamos mais. Pude ouví-la chorando. Eu sabia que ela queria um motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais e sim a Jane. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela.

Me sentindo muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa.

Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia mas eu não voltaria atrás do que disse, pois amava a Jane profundamente. Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora.

No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a Jane.

Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir.

Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possivel. As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus examos no próximo mês e precisava de um ambiente propício para prepar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais.

Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela estava completamente louca mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis.

Eu contei para a Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e achou a idéia totalmente absurda. "Ela pensa que impondo condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o divórcio" ,disse Jane em tom de gozação.

Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo, então quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia, foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo "O papai está carregando a mamãe no colo!" Suas palavras me causaram constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho "Não conte para o nosso filho sobre o divórcio" Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu dirigi para o escritório.

No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela. Por uns segundos, cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste estado.

No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior com o corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.

No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Jane, mas ficava a cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei.

Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma série deles mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse "Todos os meus vestidos estão grandes para mim". Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carregá-la nos últimos dias.

A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso... ela carrega tanta dor e tristeza em seu coração..... Instintivamente, eu estiquei o braço e toquei seus cabelos.

Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse "Pai, está na hora de você carregar a mamãe". Para ele, ver seu pai carregando sua mão todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que estava tão perto do meu objetivo. Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento.

Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas. Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras: "Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o tempo".

Eu não consegui dirigir para o trabalho.... fui até o meu novo futuro endereço, saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia...Subi as escadas e bati na porta do quarto. A Jane abriu a porta e eu disse a ela "Desculpe, Jane. Eu não quero mais me divorciar".

Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa "Você está com febre?" Eu tirei sua mão da minha testa e repeti "Desculpe, Jane. Eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos separe.

A Jane então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouví-la chorando compulsivamente. Eu voltei para o carro e fui trabalhar.

Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: "Eu te carregarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe".

Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde encontrei minha esposa deitada na cama - morta.
Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio - e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.

Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num relacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser amigo de sua esposa, faça pequenas coisas um para o outro para mantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz!